É de domínio público o anuncio do reajuste na tarifa do transporte
coletivo municipal de Paulo Afonso. O poder executivo reúne os empresários do
setor que explora o serviço, mediante concessão pública e uma comissão
constituída sem critérios que acaba responsabilizada pelo reajuste. Vale
ressaltar que esta comissão de transporte não dispõe um documento que a
legitime, os membros exercem mandatos quase que vitalício e sem alternância.
Não é de hoje que propusemos juntas as demandas populares a necessidade de um
conselho municipal de transporte. Carecemos amadurecer o tipo de serviço
prestado por empresas que exploram mediante concessão pública, porém oferecendo
um serviço que deixa muito a desejar. Existe a necessidade de abrir, dialogo
quanto o transporte alternativo como forma de acirrar a competitividade e
oferecer opção para o usuário. A cidade nos últimos tempos tem recebido
recursos públicos provenientes de programas de habitação de interesse social
que acaba demandando um planejamento de linhas alternativas. Até que ponto as
empresas topam debater a respeito do assunto?
Por se tratar de uma concessão pública, deveria haver flexibilidade.
Mais nos deparamos diariamente com queixa de populares. Pois nestes novos
conjuntos habitacionais as pessoas trabalham, estudam e têm direito de acesso a
lazer.
Acho que a insistente manutenção de prestação de serviços precarizados
junto a nossa população é argumento mais do que suficiente para o não,
reajuste. Por mais que seja de "apenas" 0,20 centavos. A proposta de
boicote a esse sistema público precarizado de transporte, seria é claro a
adesão a prática permanente do ciclismo. Embora que, o município não tem a
capacidade de investimento no setor e coloca em risco a vida de pessoas que
aderiram à prática do ciclismo. Não só como modalidade esportiva, mais como
meio de transporte, contribuindo assim para menos emissão de gases poluentes no
meio ambiente.
O tema transporte público
remete-nos a profundas reflexões as quais não podemos esquiva-nos. Portanto,
não é puro e simplesmente sermos contra esse absurdo reajuste. E sim,
provocarmos para um debate que questione inclusive a necessidade de reajuste
sem melhorias na prestação do serviço. #REAJUSTE #NÃO